O Corinthians empatou por 0 a 0 com o Boca Juniors na noite desta terça-feira, na Neo Química Arena, pela ida das oitavas de final da Libertadores. Com problemas antes do jogo por conta dos desfalques e também durante – Fagner e Willian precisaram ser substituídos e, agora, viraram problema -, Vítor Pereira analisou a partida, mas voltou a reclamar do calendário de jogos.
“Eu preferia falar do jogo, não dos problemas. Mas com esses problemas todos, que são reais, nós jogamos de igual com o Boca, tivemos as nossas oportunidades, poderíamos ter saído com 1 a 0 ou 2 a 1, mas não foi possível. Mas jogamos com elenco que tínhamos disponível, arranjamos uma forma de criar dificuldades, portanto, jogamos no limite das opções que temos. Tivemos espírito, lutamos, claro que tivemos alguns períodos de dificuldade, porque eles têm bons jogadores, mas, nós, pelo calendário que temos, somos afetados na Libertadores”, iniciou o treinador
“Uma prova que devíamos apresentar nossa maior força, não conseguimos porque o calendário está nos massacrando, retirando nossos jogadores. Hoje, mais dois. Temos Fluminense e depois, ir na casa do Boca, jogar contra eles. O melhor a fazer é descansar, ir dormir para, depois, pensar no Fluminense”, complementou.
Perguntado sobre os reforços, VP até brincou com a situação, chamando nominalmente o presidente Duilio Monteiro Alves.
“Ô, Duilio… Dois atacantes, dois extremos, três meias, mais um lateral, um zagueiro, se alguém sair. Portanto, mais ou menos uma equipe, por volta disso. Vamos com calma, vamos analisar e ver como vai ficar”.
O Corinthians volta a entrar em campo no próximo sábado, no estádio do Maracanã, para enfrentar o Fluminense, a partir das 16h30 (de Brasília), pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro – o Timão é o segundo colocado na tabela, com 26 pontos. Já o jogo da volta contra os xeneizes acontece na próxima terça, na Bombonera, às 21h30 (de Brasília).
Veja outros trechos da coletiva:
Fábio Santos
“O Fábio jogou 90 minutos há dois dias, não acredito que ele teria capacidade para jogar hoje. Ele é experiente, falta um pouco de velocidade. Isso está completamente fora de questão, do meu ponto de vista. Se não, qualquer dia, não ter 11 para entrar em campo”.
Momento difícil
“Realmente nunca, na minha vida, na minha carreira, tive um cenário desses. Realmente são muitos jogadores, dá quase para fazer uma equipe. Quando enfrentamos o Boca da última vez, tínhamos mais condições. Mas o espírito do Corinthians, podíamos ter saído com a vitória. Isso que me orgulha. Vamos continuar tentando sobreviver a essa maré negra, essa tempestade. Continuamos a nos manter vivos. A eliminatória não está decidida, está em aberto. Vamos lá para lutar por uma vitória. Provavelmente Fagner e Willian serão avaliados, mas não me parecem lesões de três dias”.
Arbitragem
“Eu já falei de arbitragem do último jogo, não queria, sinceramente, ser um treinador que vai ficar discutindo arbitragem. Ela, para mim, tem que passar no jogo sem a gente perceber, é a melhor arbitragem, e que o jogo corra. Tenho minha opinião. Realmente vou me percebendo algumas coisas, mas não quero discutir, só quando são aquelas, como foi a última, aí nos custou, porque a equipe quer jogar e não consegue. Essa é uma forma de controlar o jogo e isso é uma coisa que não… Hoje foi mal a arbitragem”.
Formação tática
“Olhar para os jogadores, perceber o adversário que temos pela frente, construir ou tentar uma equipe equilibrada, no sentido de ganhar o jogo e não sofrer gols. Essa foi, quando se olha para a dificuldade que temos de meias, eu sou o treinador, eu que trabalho com eles, o equilíbrio veio com o jogo, quando jogamos para ganhar. Mas não tínhamos substituições. Todo mundo poderia jogar diferente ou escolher uma formação diferente, mas o treinador sou eu, então sou eu que decido quem vai jogar. Eu encaro as consequências, as críticas, mas não estou aqui para agradar ninguém, estou para encontrar uma equipe competitiva, equilibrada. O próximo jogo vai ser ainda mais difícil”.
Retorno dos lesionados
“Não faço ideia (quando voltam), eu estou com vocês, é o departamento médico. Tenho esperança de que eles voltem. Aumenta a minha (tensão), não consigo dormir, pegar um guardanapo, fico escrevendo, vou para o almoço, escrevendo. Estou aqui para fazer o meu melhor, isso é o que prometo ao torcedor. É nossa obrigação. Tenho que estar com os pés na terra”.
Yuri Alberto
“Do Mantuan, o Yuri Alberto não tenho confirmado que é nosso jogador, ninguém me disse. Só vou falar quando ele assinar. Não vou falar se não é meu jogador. Mantuan é um jogador de equipe, de fato tem sido de uma qualidade muito grande, evoluiu muito, está confiante. Vamos ver o que vai acontecer depois que as coisas se concretizarem. Nesse momento, Ivan e Mantuan são nossos e Yuri não”.
Willian
“Nós também sentimos a torcida. Jogar nesse clube e não ter esse espírito, não é fácil. Vamos sentindo e vai se entranhando em nós. Quando não dá na qualidade, na dificuldade, sofremos juntos, lutamos juntos e, quando ganhamos, ganhamos todos, empatamos todos, estamos no mesmo barco. O Willian mostra o espírito, depois um miúdo, depois o outro… Jogadores experientes, mais jovens, são todos imbuídos nesse espírito corintiano em lutar pelo clube. Hoje foi uma recepção espetacular lá fora, sentimos uma vontade de dar uma alegria, uma vitória, mas não foi possivel”.
O post Vítor Pereira acredita que Corinthians poderia ter vencido e “pede” reforços: “Ô, Duilio…” apareceu primeiro em Gazeta Esportiva.
from Gazeta Esportiva https://ift.tt/r7RaoBE
Comentários
Postar um comentário